AS VINTE DE CINCO PROFECIAS CUMPRIDAS DA MORTE DE JESUS.
“Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. Mateus 26.56a
As seguintes profecias do Antigo Testamento (Bíblia Sagrada), sobre a traição, o julgamento, a morte e o sepultamento de nosso Senhor Jesus Cristo, foram feitas por diferentes pessoas, em épocas distintas, em um espaço de cinco séculos, de 1000 a 500 a.C.. Todas se cumpriram, literalmente.
1. Vendido por trinta moedas de prata
Profecia: “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata”. Zacarias 11.12
Cumprimento: “Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata”. Mateus 26.14-15
2. Traído por um amigo
Profecia: “...mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus. A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo”. Salmos 55.13-15
Cumprimento: “E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. 50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam”. Mateus 26.49-50
3. O dinheiro foi atirado para o oleiro
Profecia: “Então, o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR”. Zacarias 11.13
Cumprimento: “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. (...) E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros”. Mateus 27.3-5,7
4. Os discípulos O abandonaram
Profecia: “Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos”. Zacarias 13.7
Cumprimento: “Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram”. Mateus 26.56
“Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas”. Marcos 14.27
5. Acusado por falsas testemunhas
Profecia: “Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei”. Salmo 35.11
Cumprimento: “Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias”. Mateus 26.59-61
6. Bateu-se e cuspiu-se nEle
Profecia: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam”. Isaías 50.6
Cumprimento: “Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” Mateus 26.67,68
Observem-se os detalhes na concordância da profecia e do cumprimento:
Bater-se-á nEle
No rosto e em outras partes do corpo
Cuspir-se-á nEle
Cuspir-se-á no Seu rosto
7. Mudo diante dos Seus acusadores
Profecia: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”. Isaías 53.7
Cumprimento: “E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador”. Mateus 27.12-14
8. Ferido e pisado
Profecia: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53.5
Cumprimento: “Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado. Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!” Mateus 27.26-29
9. Ele sucumbiu sob o peso da cruz
Profecia: “De tanto jejuar, os joelhos me vacilam, e de magreza vai mirrando a minha carne”. Salmo 109.24
Cumprimento: “Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico”. João 19.17
“E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus”. Lucas 23.26
O Senhor Jesus Cristo, após ter sofrido muito com os açoites, ficou fraco, Seus joelhos se dobraram sob a pesada cruz. Por isso, foi necessário entregá-la a outro para ser carregada.
10. Mãos e pés traspassados
Profecia: “Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés”. Salmo 22.16
Cumprimento: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda”. Lucas 23.33
Jesus Cristo, foi crucificado segundo o costume dos romanos: as mãos e os pés eram perfurados por longos cravos, para pregar o corpo na cruz (compare João 20.25-27)
“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”. João 20.25-27
11. Crucificado junto com malfeitores
Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12
Cumprimento: “Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado”. Marcos 15.27-28
12. Ele orou pelos Seus inimigos
Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12
Cumprimento: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”. Lucas 23.34
13. Eles menearam a cabeça
Profecia: “Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me vêem, meneiam a cabeça”. Salmo 109.25
Cumprimento: “Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!” Mateus 27.39,40
14. As pessoas zombaram de Jesus
Profecia: “Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer”. Salmo 22.7,8
Cumprimento: “De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus”. Mateus 27.41-43
15. Eles O olhavam
Profecia: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim”. Salmo 22.17
Cumprimento: “O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido”. Lucas 23.35
16. Suas vestes foram repartidas e sorteadas
Profecia: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Salmo 22.18
Cumprimento: “Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá—para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados”. João 19.23,24
17. Foi abandonado
Profecia: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?” Salmo 22.1
Cumprimento: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mateus 27.46
18. Foram-lhe dados vinagre e fel
Profecia: “Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre”. Salmo 69.21
Cumprimento: “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca”. João 19.28,29
“Deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber”. Mateus 27.34
19. Ele entregou Seu espírito a Deus
Profecia: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade”. Salmo 31.5
Cumprimento: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou”. Lucas 23.46
20.Seus amigos ficaram de longe
Profecia: “Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe”. Salmo 38.11
Cumprimento: “Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas”. Lucas 23.49
21. Seus ossos não foram quebrados
Profecia: “Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado”. Salmo 34.20
Cumprimento: “Chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado”. João 19.33-36
Compensa analisar ainda duas outras profecias, que se referem aos Seus ossos, que também tiveram cumprimento exato, se bem que nesse caso ele não é mostrado tão claramente na Escritura:
“Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram ...” Salmo 22.14
Não difícil entender que Jesus, tendo Suas mãos e pés pregados na cruz, teve os ossos desconjuntados, especialmente se lembrarmos que Ele foi pregado na cruz deitada no chão, que foi depois levantada.
“Posso contar todos os meus ossos...” Salmo 22.17
Ele foi dependurado nu na cruz (João 19.23), de modo que seus ossos podiam ser vistos. A distensão do Seu corpo e os suplícios terríveis da crucificação levavam os ossos a ficarem ressaltados.
22. Seu coração parou
Profecia: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim”. Salmo 22.14
Cumprimento: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34
23. Seu lado foi traspassado
Profecia: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito”. Zacarias 12.10
Cumprimento: “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34 (Edição Revista e Corrigida)
24. Trevas sobre a Terra
Profecia: “Sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro”. Amós 8.9
Cumprimento: “Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra”. Mateus 27.45
25. Sepultado no túmulo de um rico
Profecia: “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca”. Isaías 53.9
Cumprimento: “Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”. Mateus 27. 57-60
CRISTO NOSSO SUBSTITUTO E REDENTOR
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele." João 3:17.
Deus não podia ter feito maior sacrifício do que este: Dar o seu próprio Filho para reconciliar consigo um mundo rebelde e perdido.
A transgressão de Adão trouxe a condenação e a morte a toda geração humana. "Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram." Rom. 5:12. Deus decretou uma lei imutável: "A alma que pecar, essa morrerá." Ezequiel 18:4.
O pecado separa o homem de Deus. "As vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça." Isaías 59:2.
Para nos aproximarmos a Deus há só um caminho. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6. "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos." I Tim. 2:5-6.
Deus, na sua infinita misericórdia e amor, planejou um meio pelo qual o pecador pode ser salvo. Deus enviou o Espírito Santo ao mundo para convencer homens pecaminosos da sua condição perdida e "não tendo esperança, e sem Deus no mundo", Efés. 2:12. Nunca poderemos entrar no céu nem permanecer na presença de Deus enquanto houver pecado na nossa conta. Temos que ser salvos do pecado pela expiação que Cristo consumou no Calvário, porque "sem derramamento de sangue não há remissão?Porquanto é o sangue que fará expiação pela alma," Heb. 9:22, Lev. 17:11.
Para salvar o homem perdido e pecaminoso do castigo correspondente à transgressão da lei, tinha que haver um substituto. Na Bíblia lemos: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna," João 3:16. "Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos," Isaías 53:5-6. "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus," II Cor. 5:21.
Na cruz, Jesus exclamou: "Está consumado." Isto significa que estava concluído a obra da redenção. Jesus satisfez a justiça divina por nós?"Não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que fostes resgatados, mas com o precioso sangue de Cristo," I Pd. 1:18-19. "Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação," Ap. 5:9. "Também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito," I Pd. 3:18.
Todos aqueles que crêem em Jesus Cristo tem vida eterna. "Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida," I João 5:11-12. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome" João 1:12.
Jesus disse: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida?Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece," João 5:24, 3:36.
"Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus," I João 5:13.
POR QUEM ELE MORREU?
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo espírito".
Este é um universo sofredor. Sofrer é um fato mais patente em todos os lugares e entre todas as classes. Não há classe isenta de sofrer. O rico sofre tanto quanto o pobre; exaltado tão bem quanto o humilde. Os homens sofrem no corpo, na mente e na alma. Se todos os corações sofredores pudessem ser colecionados e mostrados, quem ia querer olhar tal cena? Os santos (salvos ou crentes) sofrem tanto quanto os pecadores. Todo este sofrimento é um resultado poderoso da devastação que pecado fez.
Mas nosso texto fala do sofrimento de alguém que foi Justo. E a pergunta diante de nós é: Por que Jesus Cristo sofreu? Por que Cristo morreu?
Negativamente.
1. Não por ter sido vencido por seus inimigos. Os homens vencem e matam uns aos outros desde os dias em que Caim matou Abel. E de acordo com as aparências, Cristo foi perseguido à morte por seus inimigos. Onde quer que fosse ele era criticado, caluniado e abusado. Do primeiro ao último sermão, os homens estavam determinados para destruí-lo. Mas Jesus não morreu como uma vítima das circunstâncias criadas por eles. "Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem". João 19:11. "Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos"? Mateus 26:53.
2. Ele não morreu para fazer Deus nos amar. Cristo não comprou o amor de Deus pelos pecadores. Foi o amor que fez Cristo morrer por nós. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Cristo foi o canal pelo qual o amor de Deus nos alcançou. Sua morte foi a maneira pela qual Deus mostrou seu amor por nós. O amor sempre faz algo para aqueles que são os recipientes deste amor. O amor de Deus entregou Cristo nas mãos da Justiça, com todos os nossos pecados sobre ele, e a Justiça o sentenciou à morte. O amor levou Cristo ao tribunal da Justiça e clamou: "Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas". Zacarias 13:7.
O amor de Deus é soberano, não é um amor baseado num relacionamento, não é um amor por obrigação.
Positivamente.
1. A morte de Cristo foi voluntária. Os injustos são os únicos punidos contra a vontade. A Justiça não punirá o inocente contra a vontade dele. A morte de Cristo foi o ato voluntário da vontade de Deus. Sua obediência até a morte não foi uma obediência forçada, mas voluntária e amorosa. Cristo estava feliz por morrer pelos pecadores. Foi amor tanto pelo Pai quanto por nós que o fez morrer. Falando sobre sua morte, ele disse: "Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai". João 10:18.
2. A morte de Cristo foi expiatória e substituinte. Ele morreu, o justo pelo injusto. Sacrifício é algo feito pelo interesse dos outros. Sacrifício é tirar algo de si para dar aos outros. O sacrifício dói em quem o fez, mas ajuda quem o recebe. A morte fez Jesus clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste"? Mateus 27:46.
3. A morte de Cristo teve um propósito. Havia um desígnio em sua morte. Ele não morreu por acaso, isto é, sem qualquer objetivo definido aos resultados. Os homens fazem muitas coisas assim. Mas Jesus Cristo teve um objetivo claro em sua morte e também é capaz de assegurar os resultados. Nosso texto nos dá o propósito pelo qual Cristo morreu: foi para levar-nos a Deus.
Os homens, por natureza estão longe de Deus, Não é uma distância física entre nós e Deus. A distância é moral, é de culpa. A Justiça de Deus nos olha com desagrado, e assim aproximar-nos de Deus é receber o favor de sua Justiça. E não há que nos possa reconciliar ao favor da Justiça de Deus menos que a morte de Cristo. "Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto". Efésios 2:13.
4. A morte de Cristo foi poderosa, o maior de todos os milagres. O poder de morrer é o maior de todos os poderes.
(1). Poderosa em sua natureza. Não poderia confiar em Cristo se ele fosse uma vítima sem poder para livrar-se a si mesmo em sua morte. Se fosse Cristo somente uma vítima em sua morte, ele nem poderia me ajudar em minha morte. Mas, Cristo Jesus morreu com o propósito de salvar o pecador da morte.
(2). Poderosa em seus efeitos. O sangue de Cristo não foi derramado em vão. Ele não morreu à toa e por isso não ficará desapontado com os resultados de sua morte. No Calvário, Cristo satisfez a lei da justiça de Deus no lugar do pecador eleito. Ele morreu para levar-nos a Deus e por isso trará muitos filhos à glória. O Príncipe da nossa salvação foi aperfeiçoado através do sofrimento! Não aperfeiçoado no seu caráter essencial, mas sim oficialmente, como Salvador. Jesus Cristo não tinha pecado e era perfeito mesmo, mas não podia ser um Salvador perfeito sem morrer. "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer, dá muito fruto". João 12:24. Deus disse sobre seu Filho: "O meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si". Isaías 53:11. Se Cristo no Calvário levou minhas iniqüidades, então minha justificação é certa. Ele não levaria meus pecados e então deixa de mim justificar. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou". Romanos 8:28-30.
A SOBERANIA DE CRISTO
João 19.28-37
INTRODUÇÃO
Cada evangelho enfatiza uma qualidade de Cristo. Mateus demonstra Jesus Cristo como Rei. Marcos descreve Jesus Cristo como Servo. Lucas denota Jesus Cristo como Homem e João mostra Jesus Cristo como Deus.
Sendo que o Evangelho de João destaca a divindade de Cristo, segue que a morte de Cristo é narrada com ênfase na natureza divina de Cristo.
Temos então nesta passagem:
João 19.28-30 – A Soberania de Cristo na Morte
João 19.34 – A Redenção de Cristo na Morte
João 19.35-37 – As Testemunhas de Cristo na Morte
1. A SOBERANIA DE CRISTO NA MORTE
A. O ENTENDIMENTO SOBERANO DE CRISTO
“Sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas” – João 19.28
Cristo foi um homem de conhecimento. Na sua nascença o Seu nome foi Conselheiro. Um conselheiro deve saber muitas coisas pois um conselheiro deve dar bons conselhos – conselhos que são provados.
Cristo foi um homem de maior conhecimento que Salomão. Contemplando as ações dos homens, Salomão entendeu muitas verdades (Eclesiastes 2.3) mas Cristo contemplou o coração do homem e poderia perceber os motivos independentemente das suas ações (Lucas 5.22).
Cristo tinha um conhecimento exaustivo das Escrituras. Jesus Cristo é as Escrituras (João 1.1) e as Escrituras testificam dEle (João 5.39). Cristo sabia o rumo que a Sua vida levará desde o começo. Ele sabia todas as passagens obscuras da Palavra de Deus e Ele entendeu-as. Ele sabia todos os mandamentos que precisava cumprir, e cumpriu-as.
Cristo tinha um conhecimento infalível do tempo de Deus. Eclesiastes 8.5 diz: O coração do sábio discernirá o tempo e o juízo. Mesmo que um homem sábio conhece o tempo de Deus, nem sempre pode cumprir o tempo, e portanto vive em tristeza constante.
Cristo discerniu o tempo de Deus. Cristo não discerniu o tempo de Deus independentemente de Deus. O Espírito Santo de Deus comungava com Cristo da mesma forma que o Espírito Santo tem revelado algumas coisas aos homens (Simeão, o Sacerdote – Lucas 2.26).
Cristo estava contente com o tempo de Deus. Porque Cristo viveu inteiramente para a gloria de Deus, Ele estava contente com o tempo de Deus, porque Ele sabia que o tempo de Deus glorifica a Deus (João 17.1).
O entendimento soberano de Cristo na morte aponta para um Salvador obediente. Cristo fielmente pregou a Palavra de Deus mesmo sabendo que levaria a Sua morte. Ele pregou nas Sinagogas e no Templo sabendo que os Judeus iriam crucificar Ele por isso um dia.
O entendimento soberano de Cristo na morte permitiu obediência completa. Ele cumpriu a Palavra de Deus no tempo de Deus. Nós falhamos nesse ponto frequentemente, obedecemos mas não quando devemos. Continuamos quando deveríamos parar. Paulo lamenta: Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. (Romanos 7.19). Mas Cristo tinha obediência completa.
B. A SOBERANIA DE CRISTO SOBRE A SUA HUMANIDADE
“... Para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.” – João 19.28
A soberania de Cristo sobre a Sua humanidade. Cristo tomou a forma de servo, e fez-Se semelhante aos homens (Filipenses 2.7). Ele não foi forçado por qualquer pessoa nem por qualquer dos Seus atributos, mas fez de boa vontade (Filipenses 2.8).
A soberania sobre a Sua humanidade permitiu que Ele servisse a Deus na Tentação. Ele estava de jejum por 40 dias e 40 noites e depois Satanás em pessoa vem tentar Ele. Quando nós somos tão facilmente derrotados pela tentação, maravilhamos da vitória de Cristo sobre a tentação. Cristo venceu a tentação e o Diabo (Mateus 4.10).
A soberania sobre a Sua humanidade permitiu que Ele servisse a Deus sobre a cruz. Na cruz foi mais importante cumprir as Escrituras do que procurar uma saída do desconforto físico. Enquanto estava na cruz, estava vendo os mandamentos que precisava cumprir. É obvio que Cristo verdadeiramente considerou fazer a vontade de Deus a Sua “comida” (João 4.34).
C. A SOBERANIA DE CRISTO SOBRE A MORTE
“E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” – João 19.30
A soberania de Cristo no entregar do espírito. A palavra grega traduzida “entregou” é “paradidomi” e significa “entregar nas mãos de um para usar ou guardar.”
Pergunta: Para quem Cristo entregou o Espírito?
Resposta: Cristo entregou o Seu espírito a Deus. Cristo pagou o preço do pecado pois a morte é o salário do pecado. Ele não precisava sofrer a punição do pecado. Todos pagam o preço do pecado no sentido que todos morrem. Mas somente aqueles fora de Cristo sofrem a punição do pecado, ou a condenação do pecado.
Cristo estava completamente ciente de entregar o espírito. O versículo diz que Ele “inclinou a cabeça” ou seja, por seis horas ele mantive a sua cabeça erguida. E a Sua cabeça ainda estaria erguida hoje, se Ele não tivesse inclinado-a e entregado o espírito.
2. A REDENÇÃO DE CRISTO NA MORTE
“Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” – João 19.34
O sangue de Cristo saiu, primeiro. Nas Escrituras, o sangue de Cristo representa a redenção (Efésios 2.13).
Pergunta: O que é a doutrina da redenção?
Resposta: A doutrina da redenção é a maneira que Cristo pagou nossos pecados. Ele cancelou a divida? Não, senão a justiça de Deus seria insatisfeita. Cristo pagou a nossa divida em cheio.
A água de Cristo saiu, segundo. Nas Escrituras, a água representa a santificação de Cristo através do Espírito Santo.
Redenção sempre precede santificação, logicamente. Cristo precisa pagar pelo os nossos pecados e plantar em nós um coração novo. Santificação é o entregar da nossa carne para seguir a nova natureza dentro do nosso coração.
A redenção de Cristo nos liberta da condenação dos nossos pecados passados. Com Paulo dizemos: Agora nenhuma condenação há (Romanos 8.1). A redenção de Cristo não é fraco para que necessitamos de boas obras para cuidar dos pecados passados. A Sua redenção pelos nossos pecados passados é suficiente, completo, e final.
A redenção de Cristo nos liberta do poder dos pecados presentes. Este é a redenção progressiva. A redenção de Cristo estenda sobre todo pecado que cometemos – tanto os pecados conscientes como os pecados não conscientes. É a redenção que nos dá a vitória sobre pecado e o Diabo.
A redenção de Cristo nos libertará da presença dos nossos pecados. Um dia, no céu, estaremos livres da presença do pecado. Mas até aquele dia, o sangue e água de Cristo, a Sua redenção e santificação, estão correndo do Seu lado.
3. AS TESTEMUNHAS DE CRISTO NA MORTE
“E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.” – João 19.35
As obras de Deus estão sempre tão evidentes que deixam um registro testemunhado. Até os céus testemunham da gloria de Deus (Salmos 19.1). Sempre terá uma testemunha das grandiosas obras de Deus. A morte de Cristo foi testemunhada por duas pessoas:
A. POR JOÃO
O testemunho de João foi de vista. Ele viu Cristo morrer, e pedi que todo crente confie nas suas palavras. Oh se tivemos a honestidade dentro de nós que, quando nós falássemos, outros poderiam receber as nossas palavras como verdadeiros!
B. POR DEUS
O testemunho de Deus foi de cuidado. Deus cuidou do Seu Filho na Cruz. Deus cuida dos Seus filhos mesmo quando esses se acham pagando o preço do pecado.
A profecia é evidencia que Deus testemunhou a morte de Cristo (João 19.36). Recebendo mandamento de Pilato, os Romanos saíram para quebrar as pernas dos homens na cruz. Mas Deus tinha profetizado que nenhum osso seria quebrado. Normalmente demora três dias para um homem morrer na cruz, e o costume de quebrar as pernas foi para acelerar a morte. Mas Cristo tinha entregado o espírito depois de seis horas. Somente assim os Romanos poderiam desobedecer às ordens sem pagar com as próprias vidas. Deus mantém a Sua Palavra infalível.